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Hugo França

  • Foto do escritor: Sandra Echeverria
    Sandra Echeverria
  • 13 de set. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 2 de nov.

Um artista, escultor e designer, com uma história de vida fascinante, que decidiu trocar seu trabalho de engenheiro numa empresa de computação em São Paulo e partiu para Trancoso, nos anos 1980, quando ali ainda não existia luz elétrica, água encanada e telefone.

Foi nesse lugar paradisíaco, ainda uma pequena aldeia de pescadores que Hugo França teve contato com a natureza exuberante da mata Atlântica e do oceano Atlântico.


Atelier de Hugo França


Aprendeu a pescar e essa foi sua profissão durante 5 anos.

Através da pesca conheceu a madeira chamada Pequi vinagreiro, utilizada tradicionalmente pelos índios Pataxó para a confecção de canoas.

Árvore natural da mata Atlântica que pode atingir até 40 metros de altura e seu tronco até 2,5 metros de diâmetro.



Como possui uma resina impermeabilizante, resistente ao tempo e a umidade, pode viver por até 12 séculos. Madeira especial, de coloração amarelada, logo tornou-se a matéria prima para as esculturas mobiliárias do artista. 95% de sua produção é feita do resíduo do Pequi vinagreiro.



Para Hugo França, o Pequi carrega uma história de longevidade, de sentido do tempo.

Salienta que as pessoas compram suas peças pelo conceito, pela dimensão do tempo contido na madeira.

Para a execução de suas peças, o designer utiliza árvores mortas, já tombadas, ou com a base do tronco que pode estar enterrada até dois metros abaixo da superfície da terra, mas aproveitável.

O processo é trabalhoso, as raízes precisam ser desenterradas, e estas são utilizadas na produção das peças.

Para Hugo França, o processo de criação começa no momento de desenterrar as raízes, visualizar as formas e como aproveitá-la, tornando cada peça única.



“O aspecto escultórico é o lado poético do meu trabalho e o racional é o lado funcional”

HUGO FRANÇA





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